sábado, 3 de outubro de 2009

Filmes sobre sexualidades e identidade de gênero com entrada franca

Repassando informação do Grupo SOMOS, Comunicação, Saúde e Sexualidade



O Cine Santander está promovendo a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, entre os dias 8 a 16 de outubro. A mostra é exibida simultaneamente em 16 capitais brasileiras. São filmes inéditos em exibições únicas e, por isso, é importante ficar atento à programação.

São 39 filmes em 23 programas, mas o SOMOS indica pelo menos três, que abordam os temas das sexualidades e de identidade de gênero.

Os documentários e as ficções - curtas, médias, longas - estão divididos em: Mostra Contemporâneos, Sessões Especiais, Retrospectiva Histórica - Iguais na diferença e Homenagem - Vídeo nas Aldeias. O foco principal é a produção recente dos países sul-americanos, que reúne títulos de diferentes autores, temáticas, estéticas e formatos. O processo de seleção teve convocatória pública, o que permitiu que os produtores apresentassem suas realizações à curadoria. Este ano, a Mostra amplia ainda mais o seu circuito de exibição, atingindo 16 capitais brasileiras.

A 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República com patrocínio da Petrobras, produção da Cinemateca Brasileira, apoio do Ministério das Relações Exteriores, TV Brasil, Sesc São Paulo, Sociedade Amigos da Cinemateca e Unesco. A curadoria desta edição é de responsabilidade do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Como nas edições anteriores, o público avalia o conjunto de filmes e seus votos determinam os vencedores do Prêmio Aquisição TV Brasil.

PHEDRA

10 de outubro, sábado, às 17h (junto com o filme “A devoção”

Phedra

Claudia Priscilla, Brasil, 13 min, 2008, doc

Documentário sobre a atriz Phedra de Córdoba, cubana e transexual que vive no centro de São Paulo.



NÃO CONTE A NINGUÉM

14 de outubro, quarta às 19h

No se lo Digas a Nadie

Francisco J. Lombardi, Peru/ Espanha, 120 min, 1998, fic

Não Conte a Ninguém narra a trajetória pessoal de um filho da mais acomodada burguesia de Lima, que descobre – em um contexto familiar no qual o machismo mais brutal e o preconceito de classe coexistem com a falsidade – sua própria identidade homoerótica, que o leva à espiral do vício nas drogas e à beira da prostituição.



OS SAPATOS DE ARISTEU

15 de outubro, quinta às 17h (junto com o filme “O signo da cidade”, de Carlos Alberto Riccelli.

Los Zapatos de Aristeu

René Guerra, Brasil, 17 min, 2008, fic

O corpo de uma travesti morta é preparado por outras travestis para o velório. A família, após receber o corpo, decide enterrá-lo como homem. Uma procissão de travestis então se encaminha para o velório para se despedir dele. Os sapatos são calçados. A morte é apenas uma janela.

Aqui, a postagem original, no blog do SOMOS.

Os horários da postagem se referem às exibições em Porto Alegre. Para acessar a programação completa, nas 16 capitais em que a Mostra será realizada, acesse:
http://www.cinedireitoshumanos.org.br/
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sábado, 18 de julho de 2009

Maria Clara Spinelli: uma nova musa para o cinema nacional

Enviado por Fernando Oliveira -16.7.2009 |16h32m
Para o Diário de São Paulo, de grupo O Globo

Maria Clara Spinelli: uma nova musa para o cinema nacional


A julgar pela reação dos primeiros espectadores de “Quanto dura o amor?”, de Roberto Moreira, exibido no domingo durante a segunda edição do Festival de Cinema de Paulínia, Maria Clara Spinelli é a nova musa do cinema nacional. Ela é alta, tem cabelos ondulados e castanhos, e é de uma gentileza ímpar. Entre os homens que a viram antes da sessão no Theatro Municipal, todos estavam curiosos para saber quem era aquela mulher elegante. Logo que o filme acabou era impossível esconder a surpresa: assim como Susana, sua personagem, Maria Clara é uma transexual. A produção ainda traz nomes como Paulo Vilhena, Danni Carlos e Silvia Lourenço.


“Acho que conseguimos contar a história de uma maneira delicada”, afirma a atriz, que nasceu menino e há sete anos fez a cirurgia para mudança de sexo. “Quando fui convidada, eu recusei. Tinha medo de me desqualificarem como atriz, de dizerem que só fiz bem o papel por ter passado por isso. Depois vi que não poderia abrir mão desse sonho.”


Maria Clara é atriz há seis anos e chegou a ganhar prêmios no teatro. No longa ela é uma advogada que se envolve com um colega (Gustavo Machado) e vive o dilema de contar ou não seu segredo. “Susana é uma mulher como eu gostaria de ser, mais independente. Foi difícil fazê-la porque mexe com coisas que já passei”.


Com a boa repercussão do filme, a atriz espera receber outros convites. “Quero muito fazer mais cinema e teatro, ou mesmo TV. Basta aparecer um papel interessante”, diz Maria Clara, que não quer ficar presa ao rótulo de transexual. “Não vejo ninguém perguntando a atores negros como é fazer um personagem negro. Ou a uma mulher perguntarem como é fazer uma mulher.”


Confira a matéria original no site O Globo.


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NOTA:


Meus Parabéns à Maria Clara !!!

O começo parece bastante promissor, mas também espero que não a deixem eternamente presa a um estereótipo.


Quem quiser, pode saber mais detalhes no site oficial do filme:

http://www.quantoduraoamor.com.br/

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terça-feira, 14 de julho de 2009

Tabus ganham espaço no filme "Quanto Dura o Amor?"

Por Adriana Douglas, de Paulínia

Para o site da revista Rolling Stone


Segundo longa de Roberto Moreira leva drama sobre relacionamentos no II Festival de Cinema de Paulínia


Silvia Lourenço na pele de Marina, uma interiorana apaixonada por São Paulo
Silvia Lourenço na pele de Marina, uma interiorana apaixonada por São Paulo

Depois de três dias de pouca empolgação, o II Festival de Cinema de Paulínia recebeu novos ares com a exibição do longa Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, na noite do último domingo, 12. O filme, estrelado por Silvia Lourenço, revitalizou a telona do Theatro Municipal da cidade com uma trama intrigante sobre relacionamentos desenrolados nas ruas do coração de São Paulo, a Avenida Paulista.

De cara, os mais alternativos da grande plateia foram contemplados com a música "High And Dry", da banda britânica Radiohead, como trilha sonora principal. Segundo Geórgia Costa Araújo, produtora do filme, o grupo cedeu os direitos autorais da faixa, presente no disco The Bends, de 1995, depois de assistir ao filme pronto, na Inglaterra - a versão quase final foi enviada pela equipe para a banda, com duas músicas de exemplo.

"Foi um transtorno conseguir a música. A grande dificuldade foi a burocracia das editoras musicais no Brasil", explicou Geórgia, em entrevista coletiva de imprensa nesta segunda, 13. "A negociação durou um ano e agora temos direitos universais e para todas as mídias em que o filme foi exibido. Custou caro, mas é uma questão de custo e benefício."

Roberto Moreira contou que a escolha por Radiohead foi um consenso entre todos da equipe e elenco. Além da versão oficial gravada pela banda, o filme exibe também um cover feito pela cantora Danni Carlos na pele de Justine, uma roqueira do universo das boates e clubes alternativos de São Paulo. A personagem se envolve com a protagonista Marina, vinda do interior paulista e vivida por Silvia Lourenço (O Cheiro do Ralo), e com Nuno (Paulo Vilhena). O triângulo amoroso é o ponto central de outras histórias que, de alguma forma, acabam fracassando.

Boa parte das filmagens aconteceu no condomínio Anchieta, situado na esquina da Paulista com a Rua da Consolação - point disputado por moderninhos da metrópole. Marina deixa o namorado e a vida pacata de um município interiorano - Paulínia serviu de cenário para as gravações das cenas, em 2008 - e vai para São Paulo para investir na carreira de atriz. Na "terra da garoa", a jovem vê sua vida mudar rapidamente e logo se envolve com Justine, comprometida com Nuno. Paralelamente à sua experiência, Marina convive com Suzana (Maria Clara Spinelli), com quem divide um apartamento no edifício. A bem sucedida advogada acaba engatando um romance com seu colega de trabalho, Gil (Gustavo Machado).

Com excelente fotografia, recheada de belos ângulos da metrópole, o filme consegue prender os espectadores com uma história bem amarrada. O drama tem, inclusive, momentos de comédia com o escritor Jay Machado, interpretado por Fábio Herford. O papel, provisoriamente ocupado por Paulo Miklos, mostra um poeta fracassado que se apaixona por uma prostituta com quem sempre se relaciona. "Muitas cenas e histórias foram cortadas, quase três horas de filme. Foi difícil, mas não tinha como colocar tudo", lamentou Moreira. "Nessas horas, o ator [cortado] tem que exercitar o músculo do desapego", afirmou Paula Pretto, atriz pouco vista na trama, vítima dos cortes.

Cenas de nudez, sexo e tabus completam a obra que agradou e impactou o público variado do festival. Previsto para chegar ao circuito nacional em setembro, o filme chamou a atenção de todos ao contar com uma atriz transexual. Maria Clara Spinelli estreou sua carreira nos cinemas com um papel delicado, tanto pessoal como publicamente, que lhe rendeu elogios e admiração. "Socialmente, vou ter que sacrificar um pouco minha privacidade, mas ser atriz foi o preço disso", declarou.

Homenagem
Pouco antes da exibição de Quanto Dura o Amor?, o pianista, compositor e maestro Nelson Ayres recebeu o prêmio honorífico do festival pela trilha sonora do filme O Menino da Porteira, do diretor Jeremias Moreira, quem entregou pessoalmente o troféu Menina de Ouro ao músico. O longa, estrelado pelo cantor Daniel, compôs a programação da Mostra Paralela do evento.

Confiram a matéria original, no site da Rolling Stone.

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NOTA: A estreia do filme em circuito comercial está prevista para Setembro.
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domingo, 8 de março de 2009

Filmes - Beautiful Boxer

Para se tornar mulher, ela precisou lutar como um homem, era o slogan promocional do filme, em inglês.

Baseado na história real de uma transexual tailandesa, que competiu e venceu inúmeros adversários, lutando entre os homens, como forma de conseguir dinheiro para ajudar no sustento de sua família, de camponeses muito pobres e fazer a sua cirurgia de readequação sexual, esse filme tailandês de 2003 alcançou repercussão internacional, sendo premiado em diversos festivais.

Nascida e e criada como menino, Nong Toom desde criança demonstrou interesse em usar batom, maquiagem, roupas femininas e de se tornar mulher quando adulta.

A família chegou a mandá-la para um mosteiro budista, para que o menino se tornasse monge, mas depois de algum tempo, ela descobriu que não tinha vocação e retornou para casa.

O irmão, masculino e viril tinha vontade de tornar-se lutador de muay-thai (o boxe tailandês), mas foi o frágil e delicado Nong que mostrou mais habilidade para a luta e terminou entrando para uma academia de kickboxing.



Aí, segue-se a rotina de treinamentos, as lutas e a primeira diferença: Toom passou a lutar maquiada e com roupas mais coloridas, causando surpresa no público, preconceito e zombaria or parte dos adversários, que eram derrubados um por um.

Quando estava chegando ao auge, lutando na capital Bangcok, Toom encontrou-se diante de uma nova encruzilhada: passou a fazer uso de hormonios femininos. Com a consequente perda de massa muscular e força física decorrentes da hormonização, passou a perder lutas que antes ganharia.

Nessa fase, foi ao Japão realizar sua única luta contra uma mulher genética, chamada Kyoko Inoue. Logo depois, abandonou os ringues, para fazer a sua cirurgia de redesignação sexual, passando a viver como mulher.

Segue o link para a ficha técnica do filme no Internet Movie Database (IMDb):
http://www.imdb.com/title/tt0401248/

O trailer oficial do filme:


Uma matéria sobre a luta verdadeira contra Kyoko Inoue, muito menos difícil e dramática do que no filme:


Ainda, o link para download, com o filme em duas partes e as legendas em português, sincronizadas por esta que vos escreve, em um arquivo zipado:
http://www.megaupload.com/?d=UF4XV25K

Depois de baixar, eu peço que divulguem o link, para ajudarem na distribuição do filme.

Confiram também o documentário "O Terceiro Sexo", do National Geographic, onde é contada uma parte da história de Nong Toom/Parinya Charoenphol, em outra postagem deste blog:
http://culturacd.blogspot.com/2009/03/o-terceiro-sexo-national-geographic.html
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ator Jude Law faz papel de mulher em novo filme

da Folha Online

04/02/2009 - 12h28

O ator Jude Law se transformou em uma mulher em seu novo filme, "Rage".


A diretora Sally Porter escalou o ator para interpretar Minx, uma modelo misteriosa e famosa. O enredo conta a história de assassinatos em mansões luxuosas de Manhattan.


Lily Cole --uma verdadeira topmodel-- também está no elenco, que conta ainda com Judi Dench, Dianne Wiest e Steve Buscemi.


O longa tem estreia mundial prevista para fevereiro.

Jude Law é Minx, uma famosa modelo misteriosa em uma trama

que trata de assassinatos em Manhattan


Segue o link para a matéria, na Folha Online - Ilustrada:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u498749.shtml
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Filmes - Noite de Reis (Twelfth Night)

História baseada em uma peça homônima de William Shakespeare, também conhecida com o subtítulo de "Ou O Que Quiseres (Or What You Will)", filmada em 1996 por Trevor Nunn, que atuou como diretor teatral da Royal Shakespeare Company de 1968 a 1986, com forte elenco de atores britânicos, experientes em atuar em outras obras do autor.

Os irmãos Viola (Imogen Stubbs) e Sebastian (Steven Makintosh) são atores que divertem os passageiros e tripulantes do navio que estão embarcados com um show que mistura elementos de canto, dança e transformismo, com muito humor.

Porém, o navio é colhido por uma tempestade e naufraga. Viola e alguns outros passageiros conseguem chegar até uma praia, mas não existe nenhum sinal que Sebastian tenha escapado com vida. O local é o reino de Illrya, do Duque Orsino (ou Conde?), interpretado por Toby Stephens.

Por medo de sofrer hostilidades e pelo desejo de reencontrar o irmão, Viola resolve assumir uma identidade masculina. Ela corta os cabelos e valendo-se de sua experiência de atriz, caracteriza-se como um rapaz, adotando o nome de Cesario.

Então, Cesario consegue emprego como pajem do Duque Orsino, função da qual lhe exige algumas situações constrangedoras, como ajudar o Duque a trocar de roupa e tomar banho.

Logo Cesario ganha a confiança de Orsino, que lhe encarrega de uma missão especial: apresentar declarações de amor e pedidos de casamento à Condessa Olivia (Helena Bonham Carter), por quem o Duque é apaixonado. Porém, as coisas ocorrem diferente do planejado e Olivia se interessa muito mais pelo jovem Cesario do que por Orsino.

Além do mais, a relação do belo e educado pajem Cesario com seu amo se estreita e em muitos momentos acontece um clima de tensão homossexual entre os dois.

Para completar o quadro com um toque de irreverência ainda maior, ainda há o personagem Feste (Ben Kingsley), um misto de menestrel e bobo da corte, que rouba a cena quando aparece, com suas tiradas irônicas e mordazes.

O desenlace da história, com muitas outras surpresas, fica reservado para quem assistir o filme.

Segue aqui um video com o trailer oficial, mostrando um aperitivo de diversas cenas engraçadas e polêmicas, especialmente no tocante à identidade de Viola/Cesario:


E aqui, a primeira parte do filme, que pode ser visto na íntegra no YouTube (em inglês, sem legendas), basta seguir os links para as outras partes:


Nessa parte inicial, os primeiros dois minutos do vídeo (aproximadamente) mostram a apresentação dos irmãos Viola e Sebastian no navio, o que por si só já vale como uma bela cena de crossdressing ou transformismo.

Finalmente, o link para a ficha completa do filme no Internet Movie Database (IMDb):
http://www.imdb.com/title/tt0117991/

Agora com torrent disponível para o filme, com legendas em português, disponibilizado pelo blog Cinema Cult, nessa postagem (atualizado em 06/07/2013):
http://cinemacultdownloads.blogspot.com.br/2013/07/noite-de-reis-twelfth-night-1996.html

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domingo, 28 de dezembro de 2008

Filmes - Ed Wood

Filme de Tim Burton, de 1994, com Johnny Depp interpretando Ed Wood, Martin Landau no papel de Bela Lugosi e ainda conta com Patricia Arquette, Sarah Jessica Parker (do seriado Sex and The City) no papel de Dolores Fuller e Bill Murray como a transexual Bunny Breckinridge.

Trata da biografia de Edward D. Wood Jr., aquele que ficou conhecido pela fama de ser o pior diretor de todos os tempos. Fama injusta, em minha modesta opinião, pois Ed Wood tinha rompantes de genialidade, mas por outro lado um gênio difícil, fazia filmes de baixíssimo orçamento, com predisposição para associar-se a atores desconhecidos e/ou decadentes, como no caso de Bela Lugosi, que estava em final de carreira, depois de ter seus momentos de sucesso em filmes de terror, especialmente no papel de Drácula.

Pois bem, Ed Wood ao seu tempo era o que chamamos de crossdresser hoje em dia. O personagem aparece em trajes femininos durante algumas passagens do filme e em outras, mostra aliviar-se um bocado da ansiedade pelo simples fato de usar um casaco angorá feminino sobre suas roupas de homem.



A história também explica um pouco do que aconteceu na época das filmagens de "Glen or Glenda", filme em que o personagem título é claramente baseado na experiência pessoal de Ed Wood como crossdresser, e interpretado por ele mesmo, com o pseudônimo de Daniel Davis.

Dizem que Ed Wood captou (escassos) recursos para filmar a história da transexual Christine Jorgensen, de grande repercussão na época, e terminou filmando sua própria história de crossdresser, relegando a uma personagem transexual inspirada em Jorgensen uma aparição secundária no filme.


Confira aqui o trailer do filme no YouTube:


E o link para a ficha completa do filme no Internet Movie Database (IMDb), sendo que para acessar a ficha dos atores/diretores citados, basta clicar no nome deles:

http://www.imdb.com/title/tt0109707/

Para baixar o filme por torrent, com legendas em português, clique aqui.

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Filmes - Glen or Glenda

Um clássico de Ed Wood, filmado em 1953, por aquele que injustamente levou a fama de ser o pior diretor de todos os tempos.

Na verdade, creio que Ed Wood era uma espécie de gênio incompreendido, fazia filmes autorais, polêmicos e com muito pouco orçamento, por isso que ficou com essa fama.

"Glen or Glenda" é um filme, talvez o primeiro em toda a história do cinema, que aborda o crossdressing e o transgenerismo de forma séria. Apesar do título, não se resume a somente essa história.

Ao longo dos tempos, o filme recebeu outros títulos, a.k.a. "Confessions of Ed Wood", "He or She ", "I Changed My Sex", "I Led 2 Lives (UK)" e "The Transvestite".

Dizem que Ed Wood ficou extremamente impressionado com a repercussão do caso de Christine Jorgensen, a primeira transexual operada que se tem notícia, captou (pouco) dinheiro para filmar a história dela e, no fim das contas, teria feito o filme com o personagem título inspirado em sua própria experiência como crossdresser, deixando para apresentar um caso de transexualismo, claramente baseado em Christine como uma história secundária.

Ao menos, essa é a versão que Tim Burton nos passou no filme que fez sobre a vida do diretor.

No elenco, o lendário Bela Lugosi, famoso pelos papéis de Drácula, faz o papel de um cientista (louco?), que narra a história em off e se encarrega, com sua voz cavernosa, sentenças e comentários bizarros, de dar ao filme seu ar mais trash.

No papel de Glen/Glenda, o próprio Ed Wood, que na época apareceu nos créditos com o pseudônimo de Daniel Davis. A desconhecida Dolores Fuller interpreta a noiva de Glen (vejam os dois na foto ao lado), naquela que é considerada por muitos uma das piores interpretações de todos os tempos. Maldade, pois achei ela muito bem no papel de loira meio caipira, ingênua e burrinha.

Tudo começa quando uma crossdresser (chamada de travesti/transvestite) é encontrada morta (foi suicídio). A partir da carta que ela deixa, justificando o suicídio em função do desconforto em viver no sexo errado, o Inspetor Warren (Lile Talbot) se interessa pelo tema e vai buscar explicações com um psiquiatra que já tratou alguns transgêneros.

E o psiquiatra é quem explica, de forma didática os mais variados aspectos do transgenerismo e as diferenças entre eles. Para ilustrar, conta a história de Glen/Glenda e depois de Alan/Anne (Tommy Haynes), uma transexual operada, comparando e explicando as variações de comportamento entre os casos.


Notem que na época, a palavra crossdresser ainda não era utilizada e eles referem-se o tempo inteiro ao personagem Glen/Glenda como travesti (transvestite), embora ele seja um típico caso do que hoje nós conhecemos como CD.

É que o filme foi feito na década de 1950 e a expressão crossdresser começou a ser utilizada a partir do anos 60.

Confiram a seguir o trailer no Youtube:


E o link para a ficha do filme no Internet Movie Database (IMDb), sendo que para acessar a ficha dos atores, basta clicar no nome deles:

http://www.imdb.com/title/tt0045826/

Para baixar o filme por torrent, clique aqui. E as legendas em português, neste link.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Filmes - Quase Uma Mulher (Just Like a Woman)

Filme de Christopher Monger (1992), com Adrian Pasdar e Julie Walters.

Com toda a certeza, é o filme mais bem feito e que melhor aborda o crossdressing até hoje, embora até onde eu possa lembrar, a expressão não tenha sido usada no filme.

Baseado na história real de Gerald/Geraldine contada no livro "Geraldine" escrito por sua companheira (S/O) Monica Jay, o filme aborda com leveza e de forma tocante a vida de Geraldine, com diversas situações que também devem ter sido vividas pela maioria das CDs.

Gerald (Adrian Pasdar), é um jovem bancário americano que mora com sua esposa e duas crianças. Em seu emprego, ele é um cavalheiro ambicioso que realiza ótimos negócios.

Mas ele tem um hábito secreto: gosta de se vestir de mulher. Guarda seus pertences em uma maleta especial, com espelho interno e luzes para iluminá-lo.

Para ele tudo é maravilhoso, até que um dia sua esposa vai viajar com os filhos. Gerald abre sua maleta e espalhas as roupas femininas pelo quarto. Mas a esposa volta inesperadamente, descobre as roupas e o expulsa de casa, achando que eram de uma amante.


Então, Gerald tem que procurar outro lugar para morar.

Monica (Julie Walters), é uma dona-de-casa divorciada após um longo e chato casamento que procura inquilinos para ocupar sua enorme casa, e está encantada com o novo inquilino que para lá se mudou. Para sua alegria, a atração parece ser mútua.

O relacionamento avança, Monica vai aos poucos descobrindo o lado feminino de Gerald, que se chama Geraldine, até se tornar sua companheira que no futuro escreveria o livro que deu origem ao filme.

História sensacional, tocante e muito bem filmada, baseada em fatos reais. Mostra diversas passagens na vida de uma crossdresser, com as quais a maioria das CDzinhas certamente vai se identificar.

Imperdível !!!

Segue a ficha do filme no Internet Movie Database (IMDb):

http://www.imdb.com/title/tt0104576/

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E, numa dica especial, do tipo oferta de Natal, para todas amigas CDzinhas e admiradores do tema, descobri que as Americanas estão vendendo o filme em uma edição da Revista do DVD, por absurdos, impensáveis e inimagináveis R$ 8, 49.

Isso mesmo, pela "fortuna" de oito reais e quarenta e nove centavos, qualquer um pode ter o melhor filme sobre crossdressing já feito em sua casa. Aproveitem !

http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/290207


sábado, 13 de dezembro de 2008

Filmes - Myra Breckinridge

Filme de 1970, dirigido por Michel Sarne, baseado em um livro de Gore Vidal, não editado no Brasil. É uma história com pitadas de comédia, sarcasmo, farsa e até um pouco de realismo fantástico.

Trata da vida de um crítico de cinema tímido e retraído chamado Myron, herdeiro de um grande estúdio de Hollywood, de propriedade do tio canastrão (John Huston) , que realiza a cirurgia de redesignação sexual (SRS) na Europa e volta como uma linda e arrojada mulher (Myra) para ensinar cinema e tomar o controle do estúdio.

No papel de Myra, a Divina Raquel Welch e participações da veteraníssima Mae West e Farrah Fawcett (o primeiro filme dela). Dizem que o jovem Tom Selleck, que mais tarde ficaria famoso no papel do detetive Magnum, foi convidado para o papel do ator iniciante e desistiu ao saber do tema do filme.

Myra é linda, elegante e chique, quer mudar o enfoque do estúdio, passando a produzir filmes de arte e/ou polêmicos, em vez dos batidos filmes de cowboy que o tio faz principalmente para ganhar dinheiro fácil.


Em uma data esquecida e completamente perdida no tempo, em meados dos anos 90, esse filme chegou a passar no Telecine com o nome de "Homem e Mulher Até Certo Tempo".

A minha cena inesquecível é quando Myra resolve ensinar a transar o jovem brutamontes candidato a ator.

Quem viu, viverá... Quem ainda não viu, não sabe o que está perdendo, uhuuuuuu...

Até onde eu sei, o filme não foi lançado no Brasil, mas existe para vender em sites internacionais, com legenda em espanhol, onde comprei o meu e revi várias vezes.

Segue o link para a ficha técnica do filme no Internet Movie Database (IMDb):

http://www.imdb.com/title/tt0066115/


Confira o trailer no YouTube:



Para baixar o filme via torrent, com audio original em inglês, sem legendas, clique aqui.
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Filmes - Ed Mort


Mort, Ed Mort. O nome está na plaqueta...

Filme brasileiro de Alain Fresnot (1997) com o divertido personagem criado por Luis Fernando Veríssimo e muito bem interpretado por Paulo Betty. No elenco, Roseane Lima, Cláudia Abreu, Otávio Augusto, Ary Fontoura, Irene Ravache e muitos convidados especiais.

O filme começa com o nosso detetive sendo contratado por uma misteriosa mulher para encontrar Silva, seu marido desaparecido. A mulher lhe entrega uma foto de FHC como sendo a de Silva. Quando Ed Mort, curioso, pergunta sobre a foto, ela só lhe diz "é ele que se disfarça".

A partir daí, Mort se envolve numa rede de intrigas, em que Silva lhe aparece sob as mais diversas formas: ele pode surgir como diversas personalidades.

Destaque para as participações especiais de Chico Buarque, Marília Gabriela, Cauby Peixoto, Luiza Thomé, Gilberto Gil e Zé do Caixão, representando os "disfarces" do Silva.

Na esteira do desaparecimento de Silva, uma trama intrincada relaciona o patrão de Silva, um poderoso magnata da indústria de salsichas Delbono (Ary Fontoura), com o desaparecimento de crianças num programa de televisão, liderado pela animadora Cybele (Cláudia Abreu).

Uma situação inusitada acontece quando Silva marca um encontro com Ed num Motel e aparece lá na pele de Luiza Thomé, em trajes mínimos, mexendo com a libido do nosso Detetive.

Para terminar, uma das personagens também guarda um importante segredo sobre a sua identidade, mas isso eu não vou contar. Vejam e descubram.

Ahh, para quem é mais sensível, eu recomendo que não comam cachorro-quente ou qualquer coisa com salsichas antes de ver o filme, ahahhahahahhah.

Segue link para a ficha completa do filme no site Adoro Cinema, de onde eu copiei e adaptei a sinopse:

http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/ed-mort/ed-mort.asp
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domingo, 30 de novembro de 2008

Filmes - Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot)

Um clássico de Billy Wilder, de 1959, com a Deusa Marilyn Monroe e os jovens Toni Curtis (lindo!!!) e Jack Lemmon.

Esse filme foi eleito nos EUA a melhor comédia de todos os tempos. Conta a história de dois músicos (Curtis e Lemmon) que presenciam acidentalmente um ritual de execução de mafiosos. Naturalmente, a Máfia não quer testemunhas do episódio e passa a perseguir os dois.

A solução encontrada pelos rapazes para salvar a pele é vestir-se de mulher e eles conseguem emprego numa banda só de garotas que tem como vocalista a doce Sugar (sic), vivida por Marilyn.

Elas viajam para tocar em um luxuoso hotel no litoral e passam a viver situações inusitadas, como Josephine (Toni Curtis), que torna-se a melhor amiga de Sugar e não pode demonstrar que está louco/a por ela e Daphne (Jack Lemmon) que arranja um candidato a namorado e começa a balançar as estruturas.

A confusão aumenta quando os mafiosos que procuram pelos dois se hospedam no mesmo hotel.

E no final do filme, uma cena com diálogos ambíguos: em um romântico passeio de barco a dois com seu apaixonado pretendente, Daphne tenta contar que ela não é o que ele imagina. E o "noivo" apaixonado deixa transparecer que já sabia e quer ela do mesmo jeito, com a classica frase "ninguém é perfeito".

No fim das contas, não fica claro se ele sabe ou se está tão cego de paixão que não enxerga, cada um deve assistir e tirar suas próprias conclusões.

Mas a cena é citada por muitos como a primeira proposta de casamento gay em filmes de Hollywood.

Confiram a página do filme no Internet Movie Database (IMBd): http://www.imdb.com/title/tt0053291/
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Seguem links para baixar o filme, via torrent, clicando aqui, com legendas em vários idiomas, inclusive português e por meio do blog Cinema Cult, com legendas em português.
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