sábado, 3 de outubro de 2009

Filmes sobre sexualidades e identidade de gênero com entrada franca

Repassando informação do Grupo SOMOS, Comunicação, Saúde e Sexualidade



O Cine Santander está promovendo a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, entre os dias 8 a 16 de outubro. A mostra é exibida simultaneamente em 16 capitais brasileiras. São filmes inéditos em exibições únicas e, por isso, é importante ficar atento à programação.

São 39 filmes em 23 programas, mas o SOMOS indica pelo menos três, que abordam os temas das sexualidades e de identidade de gênero.

Os documentários e as ficções - curtas, médias, longas - estão divididos em: Mostra Contemporâneos, Sessões Especiais, Retrospectiva Histórica - Iguais na diferença e Homenagem - Vídeo nas Aldeias. O foco principal é a produção recente dos países sul-americanos, que reúne títulos de diferentes autores, temáticas, estéticas e formatos. O processo de seleção teve convocatória pública, o que permitiu que os produtores apresentassem suas realizações à curadoria. Este ano, a Mostra amplia ainda mais o seu circuito de exibição, atingindo 16 capitais brasileiras.

A 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República com patrocínio da Petrobras, produção da Cinemateca Brasileira, apoio do Ministério das Relações Exteriores, TV Brasil, Sesc São Paulo, Sociedade Amigos da Cinemateca e Unesco. A curadoria desta edição é de responsabilidade do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Como nas edições anteriores, o público avalia o conjunto de filmes e seus votos determinam os vencedores do Prêmio Aquisição TV Brasil.

PHEDRA

10 de outubro, sábado, às 17h (junto com o filme “A devoção”

Phedra

Claudia Priscilla, Brasil, 13 min, 2008, doc

Documentário sobre a atriz Phedra de Córdoba, cubana e transexual que vive no centro de São Paulo.



NÃO CONTE A NINGUÉM

14 de outubro, quarta às 19h

No se lo Digas a Nadie

Francisco J. Lombardi, Peru/ Espanha, 120 min, 1998, fic

Não Conte a Ninguém narra a trajetória pessoal de um filho da mais acomodada burguesia de Lima, que descobre – em um contexto familiar no qual o machismo mais brutal e o preconceito de classe coexistem com a falsidade – sua própria identidade homoerótica, que o leva à espiral do vício nas drogas e à beira da prostituição.



OS SAPATOS DE ARISTEU

15 de outubro, quinta às 17h (junto com o filme “O signo da cidade”, de Carlos Alberto Riccelli.

Los Zapatos de Aristeu

René Guerra, Brasil, 17 min, 2008, fic

O corpo de uma travesti morta é preparado por outras travestis para o velório. A família, após receber o corpo, decide enterrá-lo como homem. Uma procissão de travestis então se encaminha para o velório para se despedir dele. Os sapatos são calçados. A morte é apenas uma janela.

Aqui, a postagem original, no blog do SOMOS.

Os horários da postagem se referem às exibições em Porto Alegre. Para acessar a programação completa, nas 16 capitais em que a Mostra será realizada, acesse:
http://www.cinedireitoshumanos.org.br/
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sábado, 18 de julho de 2009

Maria Clara Spinelli: uma nova musa para o cinema nacional

Enviado por Fernando Oliveira -16.7.2009 |16h32m
Para o Diário de São Paulo, de grupo O Globo

Maria Clara Spinelli: uma nova musa para o cinema nacional


A julgar pela reação dos primeiros espectadores de “Quanto dura o amor?”, de Roberto Moreira, exibido no domingo durante a segunda edição do Festival de Cinema de Paulínia, Maria Clara Spinelli é a nova musa do cinema nacional. Ela é alta, tem cabelos ondulados e castanhos, e é de uma gentileza ímpar. Entre os homens que a viram antes da sessão no Theatro Municipal, todos estavam curiosos para saber quem era aquela mulher elegante. Logo que o filme acabou era impossível esconder a surpresa: assim como Susana, sua personagem, Maria Clara é uma transexual. A produção ainda traz nomes como Paulo Vilhena, Danni Carlos e Silvia Lourenço.


“Acho que conseguimos contar a história de uma maneira delicada”, afirma a atriz, que nasceu menino e há sete anos fez a cirurgia para mudança de sexo. “Quando fui convidada, eu recusei. Tinha medo de me desqualificarem como atriz, de dizerem que só fiz bem o papel por ter passado por isso. Depois vi que não poderia abrir mão desse sonho.”


Maria Clara é atriz há seis anos e chegou a ganhar prêmios no teatro. No longa ela é uma advogada que se envolve com um colega (Gustavo Machado) e vive o dilema de contar ou não seu segredo. “Susana é uma mulher como eu gostaria de ser, mais independente. Foi difícil fazê-la porque mexe com coisas que já passei”.


Com a boa repercussão do filme, a atriz espera receber outros convites. “Quero muito fazer mais cinema e teatro, ou mesmo TV. Basta aparecer um papel interessante”, diz Maria Clara, que não quer ficar presa ao rótulo de transexual. “Não vejo ninguém perguntando a atores negros como é fazer um personagem negro. Ou a uma mulher perguntarem como é fazer uma mulher.”


Confira a matéria original no site O Globo.


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NOTA:


Meus Parabéns à Maria Clara !!!

O começo parece bastante promissor, mas também espero que não a deixem eternamente presa a um estereótipo.


Quem quiser, pode saber mais detalhes no site oficial do filme:

http://www.quantoduraoamor.com.br/

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terça-feira, 14 de julho de 2009

Tabus ganham espaço no filme "Quanto Dura o Amor?"

Por Adriana Douglas, de Paulínia

Para o site da revista Rolling Stone


Segundo longa de Roberto Moreira leva drama sobre relacionamentos no II Festival de Cinema de Paulínia


Silvia Lourenço na pele de Marina, uma interiorana apaixonada por São Paulo
Silvia Lourenço na pele de Marina, uma interiorana apaixonada por São Paulo

Depois de três dias de pouca empolgação, o II Festival de Cinema de Paulínia recebeu novos ares com a exibição do longa Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, na noite do último domingo, 12. O filme, estrelado por Silvia Lourenço, revitalizou a telona do Theatro Municipal da cidade com uma trama intrigante sobre relacionamentos desenrolados nas ruas do coração de São Paulo, a Avenida Paulista.

De cara, os mais alternativos da grande plateia foram contemplados com a música "High And Dry", da banda britânica Radiohead, como trilha sonora principal. Segundo Geórgia Costa Araújo, produtora do filme, o grupo cedeu os direitos autorais da faixa, presente no disco The Bends, de 1995, depois de assistir ao filme pronto, na Inglaterra - a versão quase final foi enviada pela equipe para a banda, com duas músicas de exemplo.

"Foi um transtorno conseguir a música. A grande dificuldade foi a burocracia das editoras musicais no Brasil", explicou Geórgia, em entrevista coletiva de imprensa nesta segunda, 13. "A negociação durou um ano e agora temos direitos universais e para todas as mídias em que o filme foi exibido. Custou caro, mas é uma questão de custo e benefício."

Roberto Moreira contou que a escolha por Radiohead foi um consenso entre todos da equipe e elenco. Além da versão oficial gravada pela banda, o filme exibe também um cover feito pela cantora Danni Carlos na pele de Justine, uma roqueira do universo das boates e clubes alternativos de São Paulo. A personagem se envolve com a protagonista Marina, vinda do interior paulista e vivida por Silvia Lourenço (O Cheiro do Ralo), e com Nuno (Paulo Vilhena). O triângulo amoroso é o ponto central de outras histórias que, de alguma forma, acabam fracassando.

Boa parte das filmagens aconteceu no condomínio Anchieta, situado na esquina da Paulista com a Rua da Consolação - point disputado por moderninhos da metrópole. Marina deixa o namorado e a vida pacata de um município interiorano - Paulínia serviu de cenário para as gravações das cenas, em 2008 - e vai para São Paulo para investir na carreira de atriz. Na "terra da garoa", a jovem vê sua vida mudar rapidamente e logo se envolve com Justine, comprometida com Nuno. Paralelamente à sua experiência, Marina convive com Suzana (Maria Clara Spinelli), com quem divide um apartamento no edifício. A bem sucedida advogada acaba engatando um romance com seu colega de trabalho, Gil (Gustavo Machado).

Com excelente fotografia, recheada de belos ângulos da metrópole, o filme consegue prender os espectadores com uma história bem amarrada. O drama tem, inclusive, momentos de comédia com o escritor Jay Machado, interpretado por Fábio Herford. O papel, provisoriamente ocupado por Paulo Miklos, mostra um poeta fracassado que se apaixona por uma prostituta com quem sempre se relaciona. "Muitas cenas e histórias foram cortadas, quase três horas de filme. Foi difícil, mas não tinha como colocar tudo", lamentou Moreira. "Nessas horas, o ator [cortado] tem que exercitar o músculo do desapego", afirmou Paula Pretto, atriz pouco vista na trama, vítima dos cortes.

Cenas de nudez, sexo e tabus completam a obra que agradou e impactou o público variado do festival. Previsto para chegar ao circuito nacional em setembro, o filme chamou a atenção de todos ao contar com uma atriz transexual. Maria Clara Spinelli estreou sua carreira nos cinemas com um papel delicado, tanto pessoal como publicamente, que lhe rendeu elogios e admiração. "Socialmente, vou ter que sacrificar um pouco minha privacidade, mas ser atriz foi o preço disso", declarou.

Homenagem
Pouco antes da exibição de Quanto Dura o Amor?, o pianista, compositor e maestro Nelson Ayres recebeu o prêmio honorífico do festival pela trilha sonora do filme O Menino da Porteira, do diretor Jeremias Moreira, quem entregou pessoalmente o troféu Menina de Ouro ao músico. O longa, estrelado pelo cantor Daniel, compôs a programação da Mostra Paralela do evento.

Confiram a matéria original, no site da Rolling Stone.

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NOTA: A estreia do filme em circuito comercial está prevista para Setembro.
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domingo, 8 de março de 2009

Filmes - Beautiful Boxer

Para se tornar mulher, ela precisou lutar como um homem, era o slogan promocional do filme, em inglês.

Baseado na história real de uma transexual tailandesa, que competiu e venceu inúmeros adversários, lutando entre os homens, como forma de conseguir dinheiro para ajudar no sustento de sua família, de camponeses muito pobres e fazer a sua cirurgia de readequação sexual, esse filme tailandês de 2003 alcançou repercussão internacional, sendo premiado em diversos festivais.

Nascida e e criada como menino, Nong Toom desde criança demonstrou interesse em usar batom, maquiagem, roupas femininas e de se tornar mulher quando adulta.

A família chegou a mandá-la para um mosteiro budista, para que o menino se tornasse monge, mas depois de algum tempo, ela descobriu que não tinha vocação e retornou para casa.

O irmão, masculino e viril tinha vontade de tornar-se lutador de muay-thai (o boxe tailandês), mas foi o frágil e delicado Nong que mostrou mais habilidade para a luta e terminou entrando para uma academia de kickboxing.



Aí, segue-se a rotina de treinamentos, as lutas e a primeira diferença: Toom passou a lutar maquiada e com roupas mais coloridas, causando surpresa no público, preconceito e zombaria or parte dos adversários, que eram derrubados um por um.

Quando estava chegando ao auge, lutando na capital Bangcok, Toom encontrou-se diante de uma nova encruzilhada: passou a fazer uso de hormonios femininos. Com a consequente perda de massa muscular e força física decorrentes da hormonização, passou a perder lutas que antes ganharia.

Nessa fase, foi ao Japão realizar sua única luta contra uma mulher genética, chamada Kyoko Inoue. Logo depois, abandonou os ringues, para fazer a sua cirurgia de redesignação sexual, passando a viver como mulher.

Segue o link para a ficha técnica do filme no Internet Movie Database (IMDb):
http://www.imdb.com/title/tt0401248/

O trailer oficial do filme:


Uma matéria sobre a luta verdadeira contra Kyoko Inoue, muito menos difícil e dramática do que no filme:


Ainda, o link para download, com o filme em duas partes e as legendas em português, sincronizadas por esta que vos escreve, em um arquivo zipado:
http://www.megaupload.com/?d=UF4XV25K

Depois de baixar, eu peço que divulguem o link, para ajudarem na distribuição do filme.

Confiram também o documentário "O Terceiro Sexo", do National Geographic, onde é contada uma parte da história de Nong Toom/Parinya Charoenphol, em outra postagem deste blog:
http://culturacd.blogspot.com/2009/03/o-terceiro-sexo-national-geographic.html
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ator Jude Law faz papel de mulher em novo filme

da Folha Online

04/02/2009 - 12h28

O ator Jude Law se transformou em uma mulher em seu novo filme, "Rage".


A diretora Sally Porter escalou o ator para interpretar Minx, uma modelo misteriosa e famosa. O enredo conta a história de assassinatos em mansões luxuosas de Manhattan.


Lily Cole --uma verdadeira topmodel-- também está no elenco, que conta ainda com Judi Dench, Dianne Wiest e Steve Buscemi.


O longa tem estreia mundial prevista para fevereiro.

Jude Law é Minx, uma famosa modelo misteriosa em uma trama

que trata de assassinatos em Manhattan


Segue o link para a matéria, na Folha Online - Ilustrada:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u498749.shtml
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Filmes - Noite de Reis (Twelfth Night)

História baseada em uma peça homônima de William Shakespeare, também conhecida com o subtítulo de "Ou O Que Quiseres (Or What You Will)", filmada em 1996 por Trevor Nunn, que atuou como diretor teatral da Royal Shakespeare Company de 1968 a 1986, com forte elenco de atores britânicos, experientes em atuar em outras obras do autor.

Os irmãos Viola (Imogen Stubbs) e Sebastian (Steven Makintosh) são atores que divertem os passageiros e tripulantes do navio que estão embarcados com um show que mistura elementos de canto, dança e transformismo, com muito humor.

Porém, o navio é colhido por uma tempestade e naufraga. Viola e alguns outros passageiros conseguem chegar até uma praia, mas não existe nenhum sinal que Sebastian tenha escapado com vida. O local é o reino de Illrya, do Duque Orsino (ou Conde?), interpretado por Toby Stephens.

Por medo de sofrer hostilidades e pelo desejo de reencontrar o irmão, Viola resolve assumir uma identidade masculina. Ela corta os cabelos e valendo-se de sua experiência de atriz, caracteriza-se como um rapaz, adotando o nome de Cesario.

Então, Cesario consegue emprego como pajem do Duque Orsino, função da qual lhe exige algumas situações constrangedoras, como ajudar o Duque a trocar de roupa e tomar banho.

Logo Cesario ganha a confiança de Orsino, que lhe encarrega de uma missão especial: apresentar declarações de amor e pedidos de casamento à Condessa Olivia (Helena Bonham Carter), por quem o Duque é apaixonado. Porém, as coisas ocorrem diferente do planejado e Olivia se interessa muito mais pelo jovem Cesario do que por Orsino.

Além do mais, a relação do belo e educado pajem Cesario com seu amo se estreita e em muitos momentos acontece um clima de tensão homossexual entre os dois.

Para completar o quadro com um toque de irreverência ainda maior, ainda há o personagem Feste (Ben Kingsley), um misto de menestrel e bobo da corte, que rouba a cena quando aparece, com suas tiradas irônicas e mordazes.

O desenlace da história, com muitas outras surpresas, fica reservado para quem assistir o filme.

Segue aqui um video com o trailer oficial, mostrando um aperitivo de diversas cenas engraçadas e polêmicas, especialmente no tocante à identidade de Viola/Cesario:


E aqui, a primeira parte do filme, que pode ser visto na íntegra no YouTube (em inglês, sem legendas), basta seguir os links para as outras partes:


Nessa parte inicial, os primeiros dois minutos do vídeo (aproximadamente) mostram a apresentação dos irmãos Viola e Sebastian no navio, o que por si só já vale como uma bela cena de crossdressing ou transformismo.

Finalmente, o link para a ficha completa do filme no Internet Movie Database (IMDb):
http://www.imdb.com/title/tt0117991/

Agora com torrent disponível para o filme, com legendas em português, disponibilizado pelo blog Cinema Cult, nessa postagem (atualizado em 06/07/2013):
http://cinemacultdownloads.blogspot.com.br/2013/07/noite-de-reis-twelfth-night-1996.html

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