domingo, 28 de dezembro de 2008

Filmes - Ed Wood

Filme de Tim Burton, de 1994, com Johnny Depp interpretando Ed Wood, Martin Landau no papel de Bela Lugosi e ainda conta com Patricia Arquette, Sarah Jessica Parker (do seriado Sex and The City) no papel de Dolores Fuller e Bill Murray como a transexual Bunny Breckinridge.

Trata da biografia de Edward D. Wood Jr., aquele que ficou conhecido pela fama de ser o pior diretor de todos os tempos. Fama injusta, em minha modesta opinião, pois Ed Wood tinha rompantes de genialidade, mas por outro lado um gênio difícil, fazia filmes de baixíssimo orçamento, com predisposição para associar-se a atores desconhecidos e/ou decadentes, como no caso de Bela Lugosi, que estava em final de carreira, depois de ter seus momentos de sucesso em filmes de terror, especialmente no papel de Drácula.

Pois bem, Ed Wood ao seu tempo era o que chamamos de crossdresser hoje em dia. O personagem aparece em trajes femininos durante algumas passagens do filme e em outras, mostra aliviar-se um bocado da ansiedade pelo simples fato de usar um casaco angorá feminino sobre suas roupas de homem.



A história também explica um pouco do que aconteceu na época das filmagens de "Glen or Glenda", filme em que o personagem título é claramente baseado na experiência pessoal de Ed Wood como crossdresser, e interpretado por ele mesmo, com o pseudônimo de Daniel Davis.

Dizem que Ed Wood captou (escassos) recursos para filmar a história da transexual Christine Jorgensen, de grande repercussão na época, e terminou filmando sua própria história de crossdresser, relegando a uma personagem transexual inspirada em Jorgensen uma aparição secundária no filme.


Confira aqui o trailer do filme no YouTube:


E o link para a ficha completa do filme no Internet Movie Database (IMDb), sendo que para acessar a ficha dos atores/diretores citados, basta clicar no nome deles:

http://www.imdb.com/title/tt0109707/

Para baixar o filme por torrent, com legendas em português, clique aqui.

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Filmes - Glen or Glenda

Um clássico de Ed Wood, filmado em 1953, por aquele que injustamente levou a fama de ser o pior diretor de todos os tempos.

Na verdade, creio que Ed Wood era uma espécie de gênio incompreendido, fazia filmes autorais, polêmicos e com muito pouco orçamento, por isso que ficou com essa fama.

"Glen or Glenda" é um filme, talvez o primeiro em toda a história do cinema, que aborda o crossdressing e o transgenerismo de forma séria. Apesar do título, não se resume a somente essa história.

Ao longo dos tempos, o filme recebeu outros títulos, a.k.a. "Confessions of Ed Wood", "He or She ", "I Changed My Sex", "I Led 2 Lives (UK)" e "The Transvestite".

Dizem que Ed Wood ficou extremamente impressionado com a repercussão do caso de Christine Jorgensen, a primeira transexual operada que se tem notícia, captou (pouco) dinheiro para filmar a história dela e, no fim das contas, teria feito o filme com o personagem título inspirado em sua própria experiência como crossdresser, deixando para apresentar um caso de transexualismo, claramente baseado em Christine como uma história secundária.

Ao menos, essa é a versão que Tim Burton nos passou no filme que fez sobre a vida do diretor.

No elenco, o lendário Bela Lugosi, famoso pelos papéis de Drácula, faz o papel de um cientista (louco?), que narra a história em off e se encarrega, com sua voz cavernosa, sentenças e comentários bizarros, de dar ao filme seu ar mais trash.

No papel de Glen/Glenda, o próprio Ed Wood, que na época apareceu nos créditos com o pseudônimo de Daniel Davis. A desconhecida Dolores Fuller interpreta a noiva de Glen (vejam os dois na foto ao lado), naquela que é considerada por muitos uma das piores interpretações de todos os tempos. Maldade, pois achei ela muito bem no papel de loira meio caipira, ingênua e burrinha.

Tudo começa quando uma crossdresser (chamada de travesti/transvestite) é encontrada morta (foi suicídio). A partir da carta que ela deixa, justificando o suicídio em função do desconforto em viver no sexo errado, o Inspetor Warren (Lile Talbot) se interessa pelo tema e vai buscar explicações com um psiquiatra que já tratou alguns transgêneros.

E o psiquiatra é quem explica, de forma didática os mais variados aspectos do transgenerismo e as diferenças entre eles. Para ilustrar, conta a história de Glen/Glenda e depois de Alan/Anne (Tommy Haynes), uma transexual operada, comparando e explicando as variações de comportamento entre os casos.


Notem que na época, a palavra crossdresser ainda não era utilizada e eles referem-se o tempo inteiro ao personagem Glen/Glenda como travesti (transvestite), embora ele seja um típico caso do que hoje nós conhecemos como CD.

É que o filme foi feito na década de 1950 e a expressão crossdresser começou a ser utilizada a partir do anos 60.

Confiram a seguir o trailer no Youtube:


E o link para a ficha do filme no Internet Movie Database (IMDb), sendo que para acessar a ficha dos atores, basta clicar no nome deles:

http://www.imdb.com/title/tt0045826/

Para baixar o filme por torrent, clique aqui. E as legendas em português, neste link.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Filmes - Quase Uma Mulher (Just Like a Woman)

Filme de Christopher Monger (1992), com Adrian Pasdar e Julie Walters.

Com toda a certeza, é o filme mais bem feito e que melhor aborda o crossdressing até hoje, embora até onde eu possa lembrar, a expressão não tenha sido usada no filme.

Baseado na história real de Gerald/Geraldine contada no livro "Geraldine" escrito por sua companheira (S/O) Monica Jay, o filme aborda com leveza e de forma tocante a vida de Geraldine, com diversas situações que também devem ter sido vividas pela maioria das CDs.

Gerald (Adrian Pasdar), é um jovem bancário americano que mora com sua esposa e duas crianças. Em seu emprego, ele é um cavalheiro ambicioso que realiza ótimos negócios.

Mas ele tem um hábito secreto: gosta de se vestir de mulher. Guarda seus pertences em uma maleta especial, com espelho interno e luzes para iluminá-lo.

Para ele tudo é maravilhoso, até que um dia sua esposa vai viajar com os filhos. Gerald abre sua maleta e espalhas as roupas femininas pelo quarto. Mas a esposa volta inesperadamente, descobre as roupas e o expulsa de casa, achando que eram de uma amante.


Então, Gerald tem que procurar outro lugar para morar.

Monica (Julie Walters), é uma dona-de-casa divorciada após um longo e chato casamento que procura inquilinos para ocupar sua enorme casa, e está encantada com o novo inquilino que para lá se mudou. Para sua alegria, a atração parece ser mútua.

O relacionamento avança, Monica vai aos poucos descobrindo o lado feminino de Gerald, que se chama Geraldine, até se tornar sua companheira que no futuro escreveria o livro que deu origem ao filme.

História sensacional, tocante e muito bem filmada, baseada em fatos reais. Mostra diversas passagens na vida de uma crossdresser, com as quais a maioria das CDzinhas certamente vai se identificar.

Imperdível !!!

Segue a ficha do filme no Internet Movie Database (IMDb):

http://www.imdb.com/title/tt0104576/

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E, numa dica especial, do tipo oferta de Natal, para todas amigas CDzinhas e admiradores do tema, descobri que as Americanas estão vendendo o filme em uma edição da Revista do DVD, por absurdos, impensáveis e inimagináveis R$ 8, 49.

Isso mesmo, pela "fortuna" de oito reais e quarenta e nove centavos, qualquer um pode ter o melhor filme sobre crossdressing já feito em sua casa. Aproveitem !

http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/290207


sábado, 13 de dezembro de 2008

Filmes - Myra Breckinridge

Filme de 1970, dirigido por Michel Sarne, baseado em um livro de Gore Vidal, não editado no Brasil. É uma história com pitadas de comédia, sarcasmo, farsa e até um pouco de realismo fantástico.

Trata da vida de um crítico de cinema tímido e retraído chamado Myron, herdeiro de um grande estúdio de Hollywood, de propriedade do tio canastrão (John Huston) , que realiza a cirurgia de redesignação sexual (SRS) na Europa e volta como uma linda e arrojada mulher (Myra) para ensinar cinema e tomar o controle do estúdio.

No papel de Myra, a Divina Raquel Welch e participações da veteraníssima Mae West e Farrah Fawcett (o primeiro filme dela). Dizem que o jovem Tom Selleck, que mais tarde ficaria famoso no papel do detetive Magnum, foi convidado para o papel do ator iniciante e desistiu ao saber do tema do filme.

Myra é linda, elegante e chique, quer mudar o enfoque do estúdio, passando a produzir filmes de arte e/ou polêmicos, em vez dos batidos filmes de cowboy que o tio faz principalmente para ganhar dinheiro fácil.


Em uma data esquecida e completamente perdida no tempo, em meados dos anos 90, esse filme chegou a passar no Telecine com o nome de "Homem e Mulher Até Certo Tempo".

A minha cena inesquecível é quando Myra resolve ensinar a transar o jovem brutamontes candidato a ator.

Quem viu, viverá... Quem ainda não viu, não sabe o que está perdendo, uhuuuuuu...

Até onde eu sei, o filme não foi lançado no Brasil, mas existe para vender em sites internacionais, com legenda em espanhol, onde comprei o meu e revi várias vezes.

Segue o link para a ficha técnica do filme no Internet Movie Database (IMDb):

http://www.imdb.com/title/tt0066115/


Confira o trailer no YouTube:



Para baixar o filme via torrent, com audio original em inglês, sem legendas, clique aqui.
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Filmes - Ed Mort


Mort, Ed Mort. O nome está na plaqueta...

Filme brasileiro de Alain Fresnot (1997) com o divertido personagem criado por Luis Fernando Veríssimo e muito bem interpretado por Paulo Betty. No elenco, Roseane Lima, Cláudia Abreu, Otávio Augusto, Ary Fontoura, Irene Ravache e muitos convidados especiais.

O filme começa com o nosso detetive sendo contratado por uma misteriosa mulher para encontrar Silva, seu marido desaparecido. A mulher lhe entrega uma foto de FHC como sendo a de Silva. Quando Ed Mort, curioso, pergunta sobre a foto, ela só lhe diz "é ele que se disfarça".

A partir daí, Mort se envolve numa rede de intrigas, em que Silva lhe aparece sob as mais diversas formas: ele pode surgir como diversas personalidades.

Destaque para as participações especiais de Chico Buarque, Marília Gabriela, Cauby Peixoto, Luiza Thomé, Gilberto Gil e Zé do Caixão, representando os "disfarces" do Silva.

Na esteira do desaparecimento de Silva, uma trama intrincada relaciona o patrão de Silva, um poderoso magnata da indústria de salsichas Delbono (Ary Fontoura), com o desaparecimento de crianças num programa de televisão, liderado pela animadora Cybele (Cláudia Abreu).

Uma situação inusitada acontece quando Silva marca um encontro com Ed num Motel e aparece lá na pele de Luiza Thomé, em trajes mínimos, mexendo com a libido do nosso Detetive.

Para terminar, uma das personagens também guarda um importante segredo sobre a sua identidade, mas isso eu não vou contar. Vejam e descubram.

Ahh, para quem é mais sensível, eu recomendo que não comam cachorro-quente ou qualquer coisa com salsichas antes de ver o filme, ahahhahahahhah.

Segue link para a ficha completa do filme no site Adoro Cinema, de onde eu copiei e adaptei a sinopse:

http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/ed-mort/ed-mort.asp
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domingo, 30 de novembro de 2008

Filmes - Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot)

Um clássico de Billy Wilder, de 1959, com a Deusa Marilyn Monroe e os jovens Toni Curtis (lindo!!!) e Jack Lemmon.

Esse filme foi eleito nos EUA a melhor comédia de todos os tempos. Conta a história de dois músicos (Curtis e Lemmon) que presenciam acidentalmente um ritual de execução de mafiosos. Naturalmente, a Máfia não quer testemunhas do episódio e passa a perseguir os dois.

A solução encontrada pelos rapazes para salvar a pele é vestir-se de mulher e eles conseguem emprego numa banda só de garotas que tem como vocalista a doce Sugar (sic), vivida por Marilyn.

Elas viajam para tocar em um luxuoso hotel no litoral e passam a viver situações inusitadas, como Josephine (Toni Curtis), que torna-se a melhor amiga de Sugar e não pode demonstrar que está louco/a por ela e Daphne (Jack Lemmon) que arranja um candidato a namorado e começa a balançar as estruturas.

A confusão aumenta quando os mafiosos que procuram pelos dois se hospedam no mesmo hotel.

E no final do filme, uma cena com diálogos ambíguos: em um romântico passeio de barco a dois com seu apaixonado pretendente, Daphne tenta contar que ela não é o que ele imagina. E o "noivo" apaixonado deixa transparecer que já sabia e quer ela do mesmo jeito, com a classica frase "ninguém é perfeito".

No fim das contas, não fica claro se ele sabe ou se está tão cego de paixão que não enxerga, cada um deve assistir e tirar suas próprias conclusões.

Mas a cena é citada por muitos como a primeira proposta de casamento gay em filmes de Hollywood.

Confiram a página do filme no Internet Movie Database (IMBd): http://www.imdb.com/title/tt0053291/
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Seguem links para baixar o filme, via torrent, clicando aqui, com legendas em vários idiomas, inclusive português e por meio do blog Cinema Cult, com legendas em português.
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